domingo, 20 de dezembro de 2009

A erosão e a contaminação dos solos

A erosão do solo
Em algumas áreas o solo já se encontra totalmente desgastado, o que é muito ruim para o ser humano, já que vive dos recursos fundamentais do solo. O desgaste do solo é provocado pela erosão, que acontece através da água, do vento, da alternância de frio e de calor. Mas o homem só agrava essa situação e nada faz para evitá-la. Muitas vezes os solos são contaminados por substâncias químicas, agrotóxicos e lixos urbanos.
O principal resultado da erosão dos solos é a perda da camada superficial da litosfera, que é rica em matéria orgânica. Neste local existe vida microbiana, que desenvolve a vida vegetal.
O homem provoca a desertificação, o empobrecimento e a contaminação dos solos. Com os desmatamentos, com as queimadas, com os deslizamentos provocados pela abertura de estradas e com a prática de uma agricultura que não se preocupa em preservar esse recurso natural.
As florestas tropicais e equatoriais têm grande importância por guardar em seu interior grande parte da biodiversidade da Terra. A destruição dessas florestas se deve às várias atividades humanas realizadas, como: a utilização do solo para a agricultura, a exploração de recursos minerais, a extração da madeira, a construção de estradas e de hidrelétricas e as queimadas. Os desmatamentos provocam impactos ambientais muito graves.
A desertificação é a degradação do solo e dos recursos hídricos da vegetação, da biodiversidade e a redução da qualidade de vida. As principais causas da desertificação estão ligadas às atividades humanas, trazendo como conseqüência a erosão dos solos e a formação da areia, a redução da biodiversidade, dos recursos hídricos e das terras cultiváveis.
Entre as principais causas e os principais agravantes da desertificação, podemos citar: o uso intensivo do solo pela agricultura, a fragilidade do ecossistema, os desmatamentos, a pecuária extensiva e os deslizamentos causados pelas atividades citadas.

Impactos ambientais causados pela agricultura
A agricultura é uma atividade muito antiga. Quando os homens aprenderam a cultivar plantas alimentícias e a criar animais surgiram os primeiros impactos ambientais, que se agravaram com o crescimento populacional e os avanços tecnológicos. A atividade agrária já ocupou mais de um quarto da superfície terrestre e destruiu cerca de 30% de florestas originais.
A agricultura hoje produz alimentos para uma população estimada em 6,5 bilhões de pessoas em todo o planeta. O crescimento excessivo da população tem feito com que o ser humano consuma quase tudo que o planeta nos oferece. A produção de alimentos é suficiente para manter a população de todo mundo, porém o mau uso e a má distribuição das áreas agrícolas são responsáveis pela existência de muitos famintos no mundo.
A globalização no campo aumentou a produção de alimentos no campo e surgiram novas técnicas que procuravam proteger o meio ambiente. Nas regiões tropicais, o sistema de agricultura itinerante é muito usado, é praticado por populações pobres com técnicas rudimentares. No Brasil, é chamado de sistema de roça, mas recebe nomes diferentes em outras partes do mundo.
Nesse sistema, o trabalho é dividido em três fases: a derrubada da mata ou queimada, o plantio e a colheita e o abandono do local; após isso outras áreas são procuradas para iniciar de novo o ciclo. O resultado disso é negativo, pois nessas áreas abandonadas o solo fica empobrecido e ameaçado pelo aumento da erosão.

O combate à erosão dos solos em áreas agrícolas
A erosão é a destruição do solo e seu transporte feito pela água da chuva ou pelo vento. A erosão destrói as estruturas do solo. Estas estruturas são transportadas para as partes mais baixas dos relevos e vão assorear cursos d'água. Esse assoreamento soterra rios e lagos, comprometendo sua vazão e qualidade da água. A erosão é um problema muito sério em todo mundo, pois destrói os solos e as águas.
Para evitar esse problema são necessários alguns cuidados. Há técnicas de cultivo que evitam que grande parte do solo das lavouras seja levado pelas águas das chuvas.
Uma das técnicas de cultivo é o uso de plantio em curvas de nível, essa técnica pode evitar o desgaste do solo, pois reduz a velocidade do escoamento da água da chuva. Essa técnica é muito comum nos países desenvolvidos. O sistema de plantio em curvas de nível pode ser usado em terrenos com pouca inclinação e terrenos que permitem o uso de tratores.
Outra técnica é a de terraceamento, que é muito utilizada em regiões montanhosas, com muita inclinação. Essa técnica consiste em fazer corte no terreno, e esses cortes formando degraus. Assim, esse tipo de plantio reduz a velocidade de escoamento da água e permite um bom aproveitamento dos terrenos em países com bastante população, onde há falta de espaço. Por isso o terraceamento é muito comum na Ásia, em países como Japão, China e Tailândia. O terraceamento é utilizado principalmente na produção de arroz.
Ainda temos a técnica de associação de culturas, que funciona da seguinte forma, há algumas culturas, como o café, que costumam deixar grandes pedaços de solo expostos á erosão. Nesses espaços vagos, é plantado feijão para evitar a erosão.

A contaminação por agrotóxicos
Além da erosão, há na agricultura outro grave problema para o meio ambiente, que são os agrotóxicos. Entre eles podemos citar fertilizantes (exceto os orgânicos), pesticidas e herbicidas. As novas técnicas agrícolas envolvem o uso de vários produtos que facilitam a vida do homem no campo, porém agridem a natureza.
Os agrotóxicos causam sérios danos à saúde dos trabalhadores que tem contato direto com eles e também causa danos às pessoas que consomem os alimentos com agrotóxicos.
A chuva leva os agrotóxicos que estão nas plantações. Isso pode acabar contaminando os rios e lençóis freáticos. Além disso, o solo pode ser afetado, e ficando mais pobre. O solo fica mais pobre pois os microrganismos responsáveis por sua fertilidade são eliminados.
O uso excessivo de pesticidas causa o aparecimento de pragas mais resistentes, com isso é necessário usar produtos cada vez mais fortes. A solução encontrada em alguns lugares foi usar adubos orgânicos ao invés de fertilizantes químicos.
Existem as biofábricas. Elas fazem parte de um programa do Instituto Brasileiro de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A Embrapa têm o objetivo de produzir insetos que consigam combater as pragas, nas plantações de milho, feijão e frutas. Temos como exemplo a produção de vespas. Elas são utilizadas em todo mundo para combater uma das principais pragas na fruticultura: a mosca-das-frutas.
O uso dessas técnicas, como a citada acima, pressupõe o profundo conhecimento do ecossistema rural onde serão empregadas, para não causar problemas mais graves. Em regiões monocultoras, o desaparecimento de espécies predadoras naturais do ambiente pode causar o aumento de pragas e parasitas.


Um dos principais problemas encontrados nas cidades, especialmente nas grandes é o lixo sólido, resultado de uma sociedade que a cada dia consome mais. Esse processo decorre da acumulação dos dejetos que nem sempre possui um lugar e um tratamento adequado. Isso tende a aumentar, uma vez que a população aumenta e gera elevação no consumo, e consumo significa lixo. Para ter uma noção mais ampla do problema tomemos a cidade de São Paulo como exemplo, em média cada pessoa produz diariamente entre 800 g a 1 kg de lixo diariamente, ou de 4 a 6 litros de dejetos, por dia são gerados 15.000 toneladas de lixo, isso corresponde a 3.750 caminhões carregados diariamente. Em um ano esses caminhões enfileirados cobririam o trajeto entre a cidade de São Paulo e Nova Iorque, ida e volta. A questão do lixo está diretamente ligada ao modelo de desenvolvimento que vivemos, vinculada ao incentivo do consumo, pois muitas vezes adquirimos coisas que não são necessárias, e tudo que consumimos produzem impactos. Há aproximadamente 40 anos a quantidade de lixo gerada era muito inferior à atual, hoje a população aumentou, a globalização se encontra em um estágio avançado, além disso, as inovações tecnológicas no seguimento dos meios de comunicação (rádio, televisão, internet, celular etc.) facilitaram a dispersão de mercadorias em nível mundial. Antes do processo da Primeira Revolução Industrial o lixo produzido nas residências era composto basicamente de matéria orgânica, dessa forma era fácil eliminá-los, bastava enterrar, além disso, as cidades eram menores e o número da população restrita. Mais tarde com o crescimento em escala mundial da industrialização, acelerado aumento da população e dos centros urbanos, que ocorreu principalmente na segunda metade do século XX, desencadeou um aumento significativo na quantidade de lixo e variedades em suas composições. Atualmente quando compramos algo no supermercado o lixo não é apenas gerado pelo produto em si, pois existe a etapa de produção e depois para o consumidor final tem a sacola e o cupom fiscal. Nas cidades que contam com serviços de coleta do lixo esse é armazenado em dois tipos de “depósitos”: os lixões nos quais os dejetos ficam expostos a céu aberto e os aterros sanitários onde o lixo é enterrado e compactado. Os lugares que abrigam os depósitos de lixo geralmente estão localizados em áreas afastadas das partes centrais do município. É comum em bairros não assistidos pelo serviço de coleta de lixo que o depósito dos lixos seja em locais impróprios, como encostas, rios e córregos. A população desses bairros negligencia os sérios danos que tais ações podem causar à biodiversidade e ao homem, diante disso destaca-se: dispersão de insetos e pequenos animais (moscas, baratas, ratos), hospedeiros de doenças como dengue, leptospirose e a peste bubônica.
O lixo acumulado produz um líquido denominado de chorume, esse possui coloração escura com cheiro desagradável, a substância gerada atinge as águas subterrâneas, além disso, existe a contaminação dos solos e das pessoas que mantêm contato com os detritos, deslizamentos de encostas, assoreamento de mananciais, enchentes e estrago na paisagem. Os lixões retratam além dos problemas ambientais os sociais, a parcela da sociedade excluída que busca nesses locais materiais para vender (papéis, plásticos, latas entre outros), às vezes as pessoas buscam também alimentos, ou melhor, restos para o seu consumo, muitas vezes estragados e contaminados, demonstrando o ápice da degradação humana.

Alessandra, Bruna A. e Fabrício

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